sábado, 2 de abril de 2016

57. ANTE AS CRÍTICAS

      

      Ante as críticas que recebas ao teu trabalho, continua trabalhando, e o teu próprio trabalho se incumbirá de respondê-las com argumentação irrefutável.
       Ante as críticas assacadas contra a Doutrina, não te exaltes, porquanto o tempo é o invencível defensor da Verdade.
       Somente a crítica sincera merece resposta. Quem agride demonstra fragilidade.
       Às críticas bem intencionadas, Allan Kardec sempre respondeu à altura, aproveitando o ensejo para dirimir dúvidas e esclarecer de forma mais ampla quanto aos pontos essenciais do Espiritismo.
       Os detratores de uma idéia são aqueles que mais colaboram em sua propaganda. Vejamos o exemplo do auto-de-fé em Barcelona, quando as obras espíritas foram incineradas em praça pública...com aquela medida extrema, atentatória à liberdade de pensamento, a Doutrina foi manchete nos jornais da época e todos quiseram conhecer o conteúdo dos livros que a Igreja confiscara a condenara às chamas da fogueira inquisitorial.
       Não percamos a serenidade ante os que atacam a fé espírita, procurando confundir a opinião pública, deturpando propositadamente os seus postulados.
       A fonte, em suas origens, não pode ser maculada por aqueles que lhe atirem calhaus, à distância...Codificada, a Doutrina encontra-se resguardada contra os seus adversários, já que a qualquer tempo poderá ser consultada em suas bases.
       Não nos deixemos embaraçar pela maledicência.
       De passo firme, sigamos adiante, edificando dentro de nós a fortaleza intransponível do dever realmente cumprido.
       O que teríamos de melhor a fazer, afora o trabalho espírita que aguarda o concurso de nossas mãos?! Não estivessem os nossos caminhos claramente delineados pela Doutrina, por que atalhos escuros estaríamos nos perdendo, neste exato momento?!
       Surdos à zoada em torno, atentemos para a Voz que conclama à frente...
       Lutas?! Haveremos de enfrentá-las sempre, principalmente com aqueles que não querem o nosso progresso. Os que não puderem nos acompanhar os passos pelejarão para reter-nos na retaguarda.
       Falando ao jovem Timóteo, asseverou Paulo: “Se alguém ensina outra doutrina e não concorda com as sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo e com o ensino segundo a piedade, é enfatuado, nada entende, mas tem mania por questões e provocação, difamação, suspeitas malignas, altercações sem fim, por homens cuja mente é pervertida e privados da verdade, supondo que a piedade é fonte de lucro.”
       Desembaracemo-nos de quem, segundo o apóstolo, “tem mania por questões e contendas de palavras”. Não nos deixemos envolver pelos detalhes, esquecendo o que é essência.
       Ouçamos as críticas, verificando o que tenham de aproveitável; anotemos as observações e advertências que nos sejam feitas, procurando corrigir-nos no que for necessário; mas não nos deixemos contagiar por elas, no que podem representar em desalento e tristeza, amargura e descrença aos nossos propósitos de trabalhar e servir.


            (De “Seara de Luz”, de Carlos A. Baccelli, pelo Espírito Irmão José)


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